CRÔNICA PARA SE LER NA ESCOLA

CRÔNICA PARA SE LER NA ESCOLA

A Concha protege a ostra

Chega de paternalismo, que venha gente de bem colaborar com a escola, que as portas e portões estejam sempre escancarados para pessoas assim...
Mas , se for o contrário, pais que denigrem a imagem da escola, ofendem professor na sala de aula, então , é do portão para fora. Quem afirmou isso foi o policial, que teve que intervir, entrar na escola e dizer, não pode deixar portões abertos para quem não quer pregar o bem. Se for assim, então até os mais espertos traficantes vão adentrar nas escolas e fica por isso mesmo.
Houve um dia em que O Sr "Shall" esteve na escola pública “Manda quem pode”numa cidadezinha do interiorrrr, onde tudo é possível, Ilha da fantasia. Foi ele chegar e o estresse da escola estava no ar, pois estressados todos já estão, em escola, agora com a presença dele, o astral fica tenso, ruim...Pense em alguém amorfo,descabelado, tinha mais cabelo que cérebro.

Nesse dia, D. Sádica, a digestora, estava e daí?. O homem foi parar na porta da sala, desafiar o professor Conecticado Ferradinho da Silva.Suas palavras eram as melhores que ele poderia dizer:

--Venha aqui agora, que eu quero falar com você!,só para uma plateia de 2 salas com cerca de 38 alunos de sexto ano ouvindo, público infantil, para um show de horror.

O professor , que teve a aula interrompida...teve que engolir, não mais cobras e lagartos, mas tudo que viesse, pois cobras e lagartos não são nada perto da situação bizarra.

--Você vai ver, vou denunciar ao promotor que você passou filme de terror para os alunos!

Um aluno muito crítico,Felizberto riu e falou baixinho ao professor: "terror é o que eu tô veno".

Muito paciente, o mestre respondeu:

--O Sr tem que ter horário para conversar comigo, há momento para isso, não na porta.

Shall, não querendo perder a caminhada até a escola, continuou na porta e a turma em coro: “Professor, tem um aí querendo falar com você!”Oh sina, um dia que começara para ele desde às 7h, teria que terminar assim?

--Na porta da sala não!

Mais querendo falar que ouvir, o dito cujo não arredava o pé, até que a inspetora conseguiu conduzi-lo para fora, com muito custo. Para encerrar, teve polícia e o barraqueiro mudou o humor,agora com pele de cordeiro "não precisava tanto eu estou preocupado com minha filha.

A diretora, não sei, mas voltando à história..

Para o mestre ficou uma lição: Ser professor é algo mais que dar aula , é “morar” na escola,ouvir desaforos,ser massacrado no trabalho, gestor que quer apenas mostrar dados friamente, sem comunicação com as partes, não se preocupa com o bem estar da equipe,explicar o conteúdo e várias vezes ouvir o aluno dizer: “o que é para fazer mesmo?”,mas tem o lado bom, a reflexão de tudo isso:

"Para gerar outra vida, a concha recebe a areia, que incomoda, e fere, e magoa, mas que, por defesa e ânsia de criação, a ostra envolve com camadas e camadas de Nácar puro... (Como proteção, envolve o mínimo grão com sua melhor produção...) E este, ínfimo grão mutante, de mais um entre milhares torna-se único. Aquele que, burilado pelo tempo e pelo esforço, pelo contínuo trabalho, pelo doar-se constante de sua agora origem, torna-se pérola... Que se mostra, e vive, e brilha, apenas e tão somentequando a concha se abre... Ouse, nesta vida, ser concha! Permita-se, nesta vida, ser pérola! Quando alguém te magoar ou te ferir, revista-se da mais preciosa jóia de Deus: cubra-se de amor e ternura. Se seguirmos o exemplo da concha, o ódio não terá como se desenvolver, mais o amor se estenderá e será o revestimento mais belo e precioso que será dado em troca de toda areia da vida que venha nos ferir.

Pena que o Sr Shall não aprenderá essa lição!

Qualquer semelhança com lugar, pessoas será mera coincidência!

AUTOR DESCONHECIDO